quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Saber amar...

Saber amar, saber deixar alguém te amar
Aos 27 anos descobri que namorar é difícil, que início de relacionamentos nem sempre são um mar de rosas. As histórias de amor e romance não são para todas as pessoas e isso é decepcionante, para não dizer triste.
Eu tive algumas relações apaixonantes, e aí, vinha aquele desentendimento natural, que é na verdade a pessoa do jeito que ela é....então eu desgostava, ou ele.
Quando a gente ganha um pouquinho mais de maturidade, você leva muito mais sério a responsabilidade de um relacionamento, mas tem a mesma imaturidade de pensar que o outro tem que te fazer feliz ou tudo acabado.
Em dois meses de relacionamento eu já queria terminar meu relacionamento atual porque ele não estava seguindo como eu gostaria. Não tínhamos mais o romantismo do primeiro mês, nem as saídas constantes, começou a não ter muita coisa, somente as desgastantes Discussões de Relacionamento (DR).
“Dois meses e duas terríveis DR’s!!! Tava muito errado esse negócio, então vamos acabar e fica tudo bem”, pensei. Depois disso chorei. Orei. Li a Bíblia. Respirei fundo e tomei um gole bem restaurador do amor de Deus.
Eu estava pensando em acabar porque não é o modelo de um relacionamento que eu construí, que pra mim é considerado aceitável. Eu também não estava disposta a aturar muita coisa. Esse lado muito feminista independente me domina, as vezes mais que o domínio próprio.
Em um dos encontros marcados com meu namorado (mais uma vez ele não foi por causa do trabalho), eu entrei numa livraria e comprei o livro “Amor acima de tudo”. Eu não fui à livraria para comprar este livro. Eu fui ao shopping para almoçar com o namorado, acabei tendo que esperá-lo mais um pouco, entrei numa livraria, perguntei sobre a sessão que continha livros do escritor Max Lucado e PRONTO! Sai de lá com um débito a mais no meu cartão e uma cara nada satisfeita com a ligação que informava que ele não viria.
Deus é incrível, mesmo quando a gente não pede por ele. Ele se inclina para nós porque entende nossas necessidades, e nos diz aquilo que precisamos descobrir/ouvir/saber.
Nas primeiras páginas do livro o Max escreve assim:

Qual é a nossa estratégica típica para lidar com um relacionamento problemático? Tentamos com mais afinco. “Não me importa quanto seja difícil, mas vou ser agradável com aquele sujeito imprestável.” Então, tentamos. Dentes cerrados. Maxilar tenso. Estamos indo para o amor como se ele fosse nos matar! E ele pode fazer exatamente isso. (p.17)

Depois de ri de mim mesma nesta situação, me apeguei as palavras do livro que no primeiro capítulo explica algo simples para os nossos relacionamentos. Max nos chama atenção para experimentarmos de fato o amor de Deus. Somente quem tem amor é capaz de dar amor.
Eu entendi – no meu caso – que meu namorado nunca teve um amor de pai, nunca teve o exemplo de amor de casal dentro da família, não sabe o que fazer, como lidar. É um homem maravilhoso, mas seco. Eu sou o opostoooooooo! [Jesus e seus planos malucos e maravilhosos.]
Eu que sempre recebi e ‘entendi’ o amor de Deus por mim, e cresci em um ambiente familiar estável, estou sendo confrontada para dar o amor que recebi e demonstrar esse amor a meu namorado.
Talvez seu namorado tenha sido criado em um ambiente familiar tão estável quanto o seu, mas o amor necessário para sua relação dar certo está em justamente receber do amor infalível e ser imitador deste amor.
Todo mundo ama o capítulo 13 de I Coríntios, e eu te convido a fazer uma troca. Substitua a palavra AMOR por seu nome.

O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acabar. (I Cor. 13:4-8)

É impossível você se encaixar neste versículo, mas se você colocar o nome de JESUS, não o seu, então tudo se encaixa perfeitamente. Ainda assim, Cristo disse que poderíamos ser seus imitadores, e se ele disse, é porque é possível.
É possível amar seu namorado/noivo/cônjuge à maneira do amor de Cristo. Não desista. Quanto mais perto estamos de Cristo, mas parecido com ele ficamos, isto tem feito meu relacionamento feliz, desde que eu não me esqueça desta lição.

[O blog há de me lembrar...rs]

Um comentário:

Emily Queiroz disse...

Que linda e pura verdade, observei muito sentimento em suas palavras, acreditei nelas... o texto é lindo!