quinta-feira, 26 de maio de 2011

A proposta

O Senhor o guiará constantemente; satisfará os seus desejos numa terra ressequida pelo sol e fortalecerá os seus ossos. Você será como um jardim bem regado, como uma fonte cujas águas nunca faltam. (Isaías 58:11)

Se você está no deserto – não a passeio - você no mínimo espera encontrar um oásis, uma alma para te ajudar a seguir para uma terra que tenha água, comida, sombra. Agora se eu disser que você estará no deserto para ganhar aquilo que seu coração deseja, isso se torna um tipo de “No limite”, certo? Eu não sei bem como Deus descreveria esse tipo de promessa, mas Ele acabou de me dizer isso “satisfarei os seus desejos numa terra ressequida pelo sol e fortalecerei os seus ossos” (adaptei). Próximo passo, obedecer! Mas, não é simples assim amigo, veja bem, eu vou para o deserto. Eu já passei por alguns desertos, e lá não é brincadeira. Há momentos de profunda solidão, arrependimento, dor, angústia e desespero. Depois de um tempo peregrinando a esperança começa a desaparecer. Não é a toa que o povo de Israel reclamou, desistiu, cansou e esqueceu-se de confiar na promessa. Observem bem, o povo esqueceu de confiar, eles não esqueceram a promessa, afinal Deus havia sempre dado prova de que eles estavam sendo guiados por Eu SOU (a coluna de fogo durante a noite, a nuvem para protegê-los do sol durante o dia, o testemunho do próprio Moisés etc). Então, porque eles começaram a perder a esperança? Aos olhos humanos o tempo em que passaram caminhando no deserto era demais, a promessa era sair da terra da escravidão e ir para uma terra maravilhosa, a cidade dos sonhos. Você deixará de ser servo para tornar-se o dono da própria terra e será bem sucedido. A promessa é essa, mas o tempo da promessa equivale a uma temporada no deserto. Falando assim parece até um presente de grego, mas não é. Deus conhece exatamente as limitações de cada um de nós. Ele sabe como poderemos prosperar através daquela promessa, conhece quais os pontos em que temos deficiência e precisamos aprender primeiro, para que a benção não se perca pela falta de habilidade. É como se aos 18 anos você fosse ganhar seu primeiro carro, então seu pai te dá uma triciclo, depois uma bicicleta e com isso a responsabilidade de zelar por suas coisas, de saber até que local você pode caminhar e, por vezes, ultrapassamos os limites permitidos, ainda assim existe uma tolerância e sua liberdade que antes era vigiada passa a ser totalmente confiada. No fundo todos nós sabemos que os pais confiem em nós, que somos capazes de adquirir grandes responsabilidades e reconhecer o favor dado. Eu acredito que Deus deseja nos guiar, instruir em todo esse tempo no deserto para compreendermos a melhor maneira de aproveitar bem quando chegarmos ao nosso oásis particular. A questão é que duas coisas podem acontecer no percurso: desânimo e desistência. Desistir é se perder no deserto e vagar nele para sempre, você nunca vai conseguir aproveitar o melhor para sua vida se desistir, se sentir medo de seguir para o deserto. Em caso de desânimo te convido a olhar a primeira parte do versículo citado lá em cima “o Senhor o guiará constantemente”. Isso é, sempre estará comigo, mesmo quando eu quiser desistir, ou me desesperar, mesmo quando eu perguntar sobre as suas promessas, Ele estará lá constantemente comigo, caminhando lado a lado e não vai me deixar parar até ganhar aquele algo tão maravilhoso preparado para mim. Agora me pergunto “pronta para entrar no deserto?” Confesso que não estou e quem está? Mas se é para viver como “um jardim bem regado, como uma fonte cujas águas nunca faltam” porque eu desistiria agora? A resposta é “SIM” as propostas de Deus, por mais difíceis que pareçam, Ele torna TODAS as coisas possíveis e tudo o que devemos fazer é confiar. Ele se alegra com corações que cofiam nEle e sua alegria é a nossa força e isso nos trará paz na caminhada. Diga “sim” a ELE sempre.