quinta-feira, 12 de novembro de 2009

"O despertar de uma paixão"


Hoje eu nem dormi. Fiquei vendo um filme que queria ter assistido desde 2006, apenas hoje consegui essa proeza [rs]. O Despertar de uma paixão é o filme que acabou de me tirar o fôlego, apesar de ter assistido completamente em inglês porque a legenda não funcionou, com certeza é um dos romances mais bonitos que já tive a satisfação de assistir.

O enredo se passa na China em um vilarejo completamente isolado do mundo e onde predomina uma forte epidemia de cólera. O filme traz o ator Edward Norton e a atriz Naomi Watts como o casal da trama; de um lado a esposa infiel, de outro o marido amargurado pela traição. Sem falar que a construção das narrativas, a fotografia e cada detalhe da produção são fascinantes. No entanto, eu não estou aqui para compartilhar uma análise crítica, mas do sentimento despertado através da observação mais profunda desse filme.

Ao ver toda essa construção familiar, uma moça rica que casa com um médico e segue com ele para um país distante, sem conforto, sem conhecidos, em uma cultura e língua totalmente diferentes me lembrou um ambiente vastamente difundido nas igrejas. Pensei nos personagens como missionários. Esqueça o fato da traição! Quero dizer quão desesperado chega a ser conviver com esse desconforto.

Na China o prato principal é arroz escorrido, se quiser variar assim como Peter Pan, muitos missionários devem comer arroz pensando em pizza, por exemplo. "A psicologia não gostaria muito dessa minha ilustração", eu penso. Então, vejamos! Sair do Brasil rico em buchadas, feijoadas, macarronadas, pizzas. Calma aí, não estou reclamando porque nós que ainda estamos em nossas confortáveis casas comemos essas especialidades culinárias. Graças dou a Deus! Porém, quantas vezes a gente se lembra dos missionários para ajudá-los a suportar tantas diferenças e permanecer na fé?

Eu estou aqui falando de comida, mas vou seguir para outro ponto. E, quanto aos relacionamentos? Quantas esposas, quantos maridos abandonam seu cônjuge por não suportarem tantas humilhações, tantas ameaças, tanto desconforto, tanta perseguição? Quantos deles perdem seu ente no meio da caminhada? Quem cuidará desses viúvos? Ou sugere que eles abandonem o trabalho no campo e voltem ao Brasil?

A maioria deles não desiste! Na verdade, peço que me apontem os que voltaram depois disso, vocês me mostram meia-dúzia e eu te mostro milhares que permanecem firmes apesar de tantos desastres.

Toda semana eu recebo muitos emails pedindo oração por pastores que assistiram a chacina de seus familiares, por famílias que perderam seus maridos, casamentos que foram desfeitos. Eu tenho visto vitória não é porque o número de casos diminuiu, porém minha alegria é saber que muitos deles permanecem firmes onde estão, reconhecem o poder de Deus e Seu forte braço os sustentando.

Você é missionário onde você está, ao menos deve ser. O que você tem perdido? Que batalhas? Conte-me suas dificuldades, aliás, revele a Deus. Nosso Senhor tem cuidado dos seus, jamais os abandonou. Deus não abre mão, ainda que você abra mão do que Deus tem colocado para você, Ele continuará te mostrando o caminho divino.

Importa-se mais com os missionários e entenda que toda batalha se vence através das redes de oração! Seja um guerreiro de oração!